segunda-feira, 17 de dezembro de 2012

O todo Corinthians (e um aviso)


Foi bonito de se ver, deu gosto de verdade. O Corinthians foi campeão do mundo contra o bom grupo de jogadores do Chelsea, que não passou nem perto das bênçãos que recebeu na ultima Champions. Mais importante que a fenomenal vitória foi a forma como ela veio. O clube do parque São Jorge venceu com muita personalidade, venceu do seu modo, como também venceu a Libertadores deste mesmo 2012. Propôs o jogo o tempo todo, foi intenso em cada minuto. Claro que teve a pitada do acaso, vide a inacreditável defesa do Cássio no chute do Cahil. Mas, enfim, quem vive sem ela senhores, quem pode viver sem ela?
E o multicampeão Corinthians tem uma particularidade pouco comum aos grandes times de futebol: não tem um protagonista. Ninguém do time destoa demais, carrega o time nas costas. Não há nenhuma peça da qual passamos o jogo todo esperando algo. O mais importante é, de fato, o todo, o time, o coletivo. Talvez por isso que o torcedor possa se sentir ainda mais responsável pelo sucesso do time, possa se sentir dividindo as responsabilidades e alegrias das vitórias, possa dizer que de fato forma o 12° jogador que tem feito tanta diferença. A fiel torcida Corintiana fez jus ao nome. Invadiu o Japão e fez um Pacaembu do outro lado do mundo! Simplesmente para não duvidar da fé de ninguém, pelo amor...
O forte apoio do estado, que tem como pilares a preferência da principal emissora do pais e, agora, patrocínio de um banco público, nos remetem a equipes vitoriosas como o Real Madrid de Franco, pentacampeão europeu na década de 50, e a Itália de Mussolini, bicampeã mundial na década de 30. Estejamos atentos para que a nosso futebol continue democrático.
De todo modo, Tite, seus comandados e principalmente a torcida Corintiana merecem todos os parabéns!