Independente da
formação, todos nós já nos deparamos com problemas lógicos, de ciências exatas,
matemáticos, físicos.
De uma forma geral, o
mecanismo para solucionar estes exercícios consiste na organização de ideias,
aplicação de conceitos e, claro, de todo raciocínio lógico aguçado ate aquele
momento.
Em outras áreas o
método segue essa cartilha básica: adquirir o conceito, testá-lo em diferentes
situações para, depois, debatê-lo, seja em provas, em mesas redondas, em
conversas informais.
O que eu quero extrair
dessa introdução é o fato de ser impossível resolver alguma questão sem que se conheça
o assunto. Sem os conceitos que devem ser aplicados, sem a base, não se resolve
quase nada.
Não e possível que se tenha debate,
discussão, sem informação.
Ao menos não deveria
ser.
Muito bem.
Partindo dessa lógica,
me pergunto como que um sujeito consegue emitir opiniões, se revoltar, se
ofender, diante de fatos e ideias que ele absolutamente desconhece?
E, pior,
como é possível ele tomar partido de pessoas, de grupos, de movimentos, de
blocos, cujas lideranças, cujo passado, cuja bandeira este mesmo sujeito segue
sem conhecer?
Que ânsia é essa de
querer participar? Que medo e esse de ficar fora do grupo, fora do eixo comum?
Sou eu que sou
desconfiado demais?
Às vezes tenho a
impressão de que se for feita uma propaganda, em grande escala, a respeito dos
grandes benefícios de se comer cocô, vai ter muita gente boa fazendo questão de
seguir à risca, sem ao menos procurar alguém capacitado para pedir uma opinião,
sem se informar a respeito de nada, sem ser minimamente crítico com um absurdo
desse tamanho.
É por essas e outras
que eu, cada vez mais, sou fã do silêncio.