terça-feira, 26 de fevereiro de 2013

O melhor do esporte


Semana passada tivemos a trágica notícia de que houve uma morte num estádio de futebol. Mais precisamente no primeiro jogo do Corinthians na libertadores de 2013, fora de casa, contra o San José, clube boliviano da cidade de Oruro.  Um menino de 14 anos, de nome Kevin, foi atingido por um sinalizador marítimo, que atinge 100 metros em cerca de três segundos (!!!), acertando-lhe a cabeça. Tiro, infelizmente, fatal.
É difícil prever ou acreditar em alguma versão das que estão sendo ventiladas, muito por conta dos fatos ainda não apurados. Confesso que é mais difícil ainda confiar na conveniente versão oficial, de que um menor não tenha sido hábil o suficiente com o artefato, a ponto de atirá-lo contra a torcida boliviana. Fato é que o sujeito era brasileiro, parte integrante da torcida organizada do Corinthians presente no estádio. Vejam vocês, torcidas organizadas...
Eu me pergunto até quando os clubes darão voz e vez a esse tipo de gente. Que RECEBE DINHEIRO para (teoricamente) torcer, incentivar, cantar, impor respeito aos adversários, e confunde tudo isso com combater um inimigo, lutar numa guerra até, se preciso a morte.  Até quando teremos fiscalização branda na porta dos nossos estádios? Até quando a Copa Libertadores será o torneio dos gramados ruins, das altitudes desumanas para esporte de alto rendimento, dos ambientes propositalmente hostis aos visitantes? Tem gente que defende esse “tempero da libertadores”, é inacreditável!
A guerra econômica, dos egos, de poder, chega ao triste ponto de desvirtuar o melhor que o esporte pode passar, que são valores de disciplina, de dedicação, de organização. Porque quando uma criança se compromete com uma simples aula de judô, inicialmente como forma de lazer, e começa a cumprir horários de treinos, rotina de exercícios físicos, começa a aprender a competir, sempre querendo ganhar, claro, mas se acostumando com o natural sentimento da derrota, ela está fazendo esporte.  Da melhor e única maneira que ele deveria ser feito. Porque esporte é isso!

E é esse o sentido, essa essência do esporte que deve ser mantida, que deve ser lembrada.

Esses são sinônimos de esporte que eu vou acreditar e defender para sempre.