Semana passada tivemos a trágica
notícia de que houve uma morte num estádio de futebol. Mais precisamente no
primeiro jogo do Corinthians na libertadores de 2013, fora de casa, contra o
San José, clube boliviano da cidade de Oruro. Um menino de 14 anos, de nome Kevin, foi
atingido por um sinalizador marítimo, que atinge 100 metros em cerca de três
segundos (!!!), acertando-lhe a cabeça. Tiro, infelizmente, fatal.
É difícil prever ou acreditar em
alguma versão das que estão sendo ventiladas, muito por conta dos fatos ainda
não apurados. Confesso que é mais difícil ainda confiar na conveniente versão
oficial, de que um menor não tenha sido hábil o suficiente com o artefato, a
ponto de atirá-lo contra a torcida boliviana. Fato é que o sujeito era
brasileiro, parte integrante da torcida organizada do Corinthians presente no
estádio. Vejam vocês, torcidas organizadas...
Eu me pergunto até quando os
clubes darão voz e vez a esse tipo de gente. Que RECEBE DINHEIRO para
(teoricamente) torcer, incentivar, cantar, impor respeito aos adversários, e
confunde tudo isso com combater um inimigo, lutar numa guerra até, se preciso a
morte. Até quando teremos fiscalização
branda na porta dos nossos estádios? Até quando a Copa Libertadores será o torneio
dos gramados ruins, das altitudes desumanas para esporte de alto
rendimento, dos ambientes propositalmente hostis aos visitantes? Tem gente que
defende esse “tempero da libertadores”, é inacreditável!
A guerra econômica, dos egos, de
poder, chega ao triste ponto de desvirtuar o melhor que o esporte pode passar,
que são valores de disciplina, de dedicação, de organização. Porque quando uma
criança se compromete com uma simples aula de judô, inicialmente como forma de
lazer, e começa a cumprir horários de treinos, rotina de exercícios físicos,
começa a aprender a competir, sempre querendo ganhar, claro, mas se acostumando
com o natural sentimento da derrota, ela está fazendo esporte. Da melhor e única maneira que ele deveria ser
feito. Porque esporte é isso!
E é esse o sentido, essa essência
do esporte que deve ser mantida, que deve ser lembrada.
Esses são sinônimos de esporte
que eu vou acreditar e defender para sempre.
A sua fe, sua confiança no poder transformador do esporte é contagiante!
ResponderExcluirExcelente post. De novo!
Obrigado meu amor!
ExcluirBjo!
É lamentável a forma como nos distanciamos cada vez mais do padrão Europa de seriedade. Sem rasgação de seda ao pessoal do velho continente e sem falar só em futebol, o profissionalismo em relação a tudo que se faz resulta no que vemos por aí. Hoje, com nossa economia à pleno vapor, vemos a demonstração de falta de comprometimento e dedicação em mudar os rumos do nosso país. Os olhos do mundo estão sobre nós e esse deveria ser um estímulo e tanto para a mudança em como conduzimos o esporte por aqui. Copa do Mundo, Olimpíadas... Acordaaaaa!!!! Se ainda não conseguimos separar violência de esporte e educação, como vamos mudar o resto?! A Libertadores, para quem vê de fora, é a Champions da América do Sul e passamos longe de poder sequer comparar. Complicado, mas ainda tenho esperança.
ResponderExcluirAhhh...Parabéns pelo post. Arrebentou...
ResponderExcluirEsperança sempre, com certeza!
ExcluirObrigado pela visita meu camarada, um abraço!
Lineu, larga a Química e vai trabalhar como jornalista esportivo, você tem o dom !
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