Foi bonito de se ver, deu gosto
de verdade. O Corinthians foi campeão do mundo contra o bom grupo de jogadores
do Chelsea, que não passou nem perto das bênçãos que recebeu na ultima
Champions. Mais importante que a fenomenal vitória foi a forma como ela veio. O
clube do parque São Jorge venceu com muita personalidade, venceu do seu modo,
como também venceu a Libertadores deste mesmo 2012. Propôs o jogo o tempo todo,
foi intenso em cada minuto. Claro que teve a pitada do acaso, vide a
inacreditável defesa do Cássio no chute do Cahil. Mas, enfim, quem vive sem ela
senhores, quem pode viver sem ela?
E o multicampeão Corinthians tem
uma particularidade pouco comum aos grandes times de futebol: não tem um
protagonista. Ninguém do time destoa demais, carrega o time nas costas. Não há
nenhuma peça da qual passamos o jogo todo esperando algo. O mais importante é,
de fato, o todo, o time, o coletivo. Talvez por isso que o torcedor possa se
sentir ainda mais responsável pelo sucesso do time, possa se sentir dividindo
as responsabilidades e alegrias das vitórias, possa dizer que de fato forma o
12° jogador que tem feito tanta diferença. A fiel torcida Corintiana fez jus ao
nome. Invadiu o Japão e fez um Pacaembu do outro lado do mundo! Simplesmente
para não duvidar da fé de ninguém, pelo amor...
O forte apoio do estado, que tem
como pilares a preferência da principal emissora do pais e, agora, patrocínio
de um banco público, nos remetem a equipes vitoriosas como o Real Madrid de
Franco, pentacampeão europeu na década de 50, e a Itália de Mussolini, bicampeã
mundial na década de 30. Estejamos atentos para que a nosso futebol continue
democrático.
De todo modo, Tite, seus
comandados e principalmente a torcida Corintiana merecem todos os parabéns!