terça-feira, 8 de outubro de 2013

Egoístas!

Há poucos dias tivemos a notícia de que o atacante Diego Costa, do Atlético de Madrid, tem o desejo de se naturalizar espanhol. Mais do que isso, o técnico Vicente Del Bosque gostaria muito de trabalhar com ele na sua seleção. Diego chegou a jogar pelo Brasil este ano.

Penso que ele acredite não ter chances com nossa camisa amarela (será?), e não pretenda, a qualquer custo, deixar de mostrar seu bom momento numa copa do mundo que está cada vez mais perto.

Logo na nossa copa.

Será que o Diego Costa não sentiu nada quando ouviu a torcida cantar o hino na final da copa das confederações, no maracanã?

Será que ele já pensou que pode enfrentar o Brasil em algum momento, e terá que ouvir seu hino natal , tendo que tomar a decisão de cantar ou não?

Se isso se tornar banal como parece, pra que termos disputas entre equipes cujas divisões são dadas por países?

Acho muito egoísmo um sujeito colocar uma bandeira no peito, que não seja a sua, por conta de um interesse pessoal.

Acho oportuno, no pior dos sentidos, uma confederação convidar alguém que não seja de seu país para defender suas cores.

Estão pegando todo senso nobre de competitividade, de esporte, e jogando no lixo.

E, mesmo sabendo, e discordando, que o futebol seja tratado como sendo só um negócio, não vejo sentido nenhum em toda a propaganda da FIFA a favor do Fair Play.


É muito teatro cara, na boa...

terça-feira, 17 de setembro de 2013

Condicionar

Independente da formação, todos nós já nos deparamos com problemas lógicos, de ciências exatas, matemáticos, físicos.

De uma forma geral, o mecanismo para solucionar estes exercícios consiste na organização de ideias, aplicação de conceitos e, claro, de todo raciocínio lógico aguçado ate aquele momento.

Em outras áreas o método segue essa cartilha básica: adquirir o conceito, testá-lo em diferentes situações para, depois, debatê-lo, seja em provas, em mesas redondas, em conversas informais.

O que eu quero extrair dessa introdução é o fato de ser impossível resolver alguma questão sem que se conheça o assunto. Sem os conceitos que devem ser aplicados, sem a base, não se resolve quase nada.  

Não e possível que se tenha debate, discussão, sem informação.
Ao menos não deveria ser.

Muito bem.


Partindo dessa lógica, me pergunto como que um sujeito consegue emitir opiniões, se revoltar, se ofender, diante de fatos e ideias que ele absolutamente desconhece?

 E, pior, como é possível ele tomar partido de pessoas, de grupos, de movimentos, de blocos, cujas lideranças, cujo passado, cuja bandeira este mesmo sujeito segue sem conhecer?

Que ânsia é essa de querer participar? Que medo e esse de ficar fora do grupo, fora do eixo comum?

Sou eu que sou desconfiado demais?

Às vezes tenho a impressão de que se for feita uma propaganda, em grande escala, a respeito dos grandes benefícios de se comer cocô, vai ter muita gente boa fazendo questão de seguir à risca, sem ao menos procurar alguém capacitado para pedir uma opinião, sem se informar a respeito de nada, sem ser minimamente crítico com um absurdo desse tamanho.


É por essas e outras que eu, cada vez mais, sou fã do silêncio. 

quinta-feira, 6 de junho de 2013

Domingo

Eu tinha uns 14,15 anos, não sei precisar. Recebi um convite. Um sujeito baixinho, gordinho, conhecido da minha mãe, me viu com minha camisa do flamengo, jogando futebol numa praça perto de onde eu morava. Era uma sexta feira, antevéspera de um flamengo x vasco, jogo do meio do campeonato Brasileiro. O cara me olhou e disse: “e ai flamenguista, vai no jogo domingo? Se quiser eu te dou um ingresso, você vai comigo!”  Fiquei radiante com a ideia de poder ver meu flamengo, ainda mais no Maracanã!

Convite feito, aceito, e lá fui eu e meu mais novo melhor amigo de todos os tempos de toda a minha vida, para o jogo. Ele me falou que era diretor do flamengo, diretor da coca-cola, sei lá o que ele me disse, porque no meio de toda a conversa fiquei sabendo que ia para o túnel que dá acesso ao gramado, e que talvez eu entrasse no campo.

Eu já não falo muito. Pelo menos não falava, e quem me conhece sabe.

Agora pensem no momento da notícia.

Isso mesmo, uma estátua.

Chegamos ao estádio, conversas feitas, mãos apertadas, lá estava eu.

Ainda mudo.

Mudo e no meio do elenco do flamengo se aquecendo. Seu Luís, o amigo da minha mãe, me apresentou como sobrinho dele. Todo mundo veio me cumprimentar! O técnico era o Osvaldo de Oliveira, e o Edilson ainda estava lá, já pentacampeão do mundo. Todos foram muito simpáticos comigo, e eu já esboçava um “e ai, tudo bem?”.

Elenco alinhado pra entrar no gramado, lá fui eu, como cogitado e esperado (deu tudo certo!)
Fui para o meio do Maracanã. Olhei para a grama, tirei um pedacinho dela e coloquei no bolso. Dei uma olhada com calma, 360°, naquele gigante de concreto. O estádio não estava lotado, mas foi lindo ver a torcida de lá de dentro, do meio do palco do espetáculo.

O jogo começou e eu fui para a arquibancada. Pude ver a vitória de 2 x 1 do Flamengo. Voltei ao túnel de acesso, todos continuaram me cumprimentando, me chamando de pé-quente...

Eu não conseguia acreditar!

Depois de algumas horas fui para casa, com uma das melhores lembranças da minha vida.

E não posso deixar de dizer que o melhor palco para isso tudo tinha que ser o Maracanã.

Eu não me importo dele estar diferente, modernizado, “europeu”. Não me importo dele se chamar arena. Quando eu estiver saltando do metrô, lendo o nome da estação maracanã, eu vou me emocionar. Quando eu vir o gramado, ouvir o canto da torcida, eu vou esquecer que agora a rede não deixa a bola morrer no fundo dela. Vou continuar me segurando pra não chorar.

Quando eu estiver a caminho do meu jogo de futebol, vou querer torcer, vou querer vibrar, acima de tudo, ver um bom futebol.

Se você acha mesmo que mataram o maracanã, devo dizer que você matou o que tinha dentro de você sobre o maracanã!

Uma pena.

Eu desejo toda a sorte do mundo ao nosso novo velho estádio!


Tenho certeza que ele vai continuar sendo o melhor palco para o maior espetáculo da terra.

E esse gol?

segunda-feira, 6 de maio de 2013

Via de mão dupla


Via de mão dupla

Humanos são egoístas por natureza. Vaidosos, tem ego inflado, adoram ser paparicados e odeiam receber ordens. Às vezes é difícil aceitar que somos assim. Todos.
E, mesmo com tudo isso em comum, cada um tem seu jeito de lidar com estes impulsos, com esta natureza. Tem gente que adora se exibir, tem gente que gosta e finge que não gosta.
Mas, fato, todos nós gostamos de tirar uma onda. Uns demonstram e outros não.

Muita gente se esconde atrás do silêncio. E talvez seja uma boa alternativa.
Porque é aquilo, somos animais e, como tal, temos impulsos que podem ser perigosos. Impulsos que podem magoar.
Podemos tomar atitudes que magoam alguém, pior, que mudam sua maneira de lidar com seus impulsos, com a sua natureza própria.
Porque pra cada sujeito marrento, autosuficiente, que só quer se adiantar, existirão mais uns dez que, no íntimo da alma, confiam em todo mundo, devolveriam o troco errado, dariam o lugar no ônibus para o velhinho, enfim, fariam o possível pela paz do momento, pela decisão mais bondosa, mais nobre.
Provavelmente essa conta de dez bonzinhos pra um malando não bata porque existem muitos bonzinhos corrompidos. Muitos mesmo!
Talvez a maioria de nós, ou essa maioria que faz tanta diferença para o mal, seja formada por bonzinhos corrompidos.

E é intrigante saber que o trilho, a rodovia que leva todas essas boas e más intenções é formada pelas palavras. Logo elas, que me encantam tanto...
Porque é uma pena saber que as melhores palavras estão sendo usadas pra defender os piores valores. Ou para alimentar nossos piores instintos.
É curioso saber que os melhores valores são passados com exemplos, logo sem as palavras.

quarta-feira, 27 de março de 2013

Posições


A pelada estava por começar.

Os times, ou os grupos, divididos.

Adversários uniformizados, chuteira, meião,  conversa ao pé do ouvido.

Técnica, tática, capitão, craque.

Posições definidas.

Posições?

Uniforme?

E agora, como lidar?

Todo mundo sem camisa.

Já é alguma coisa.

E, bom, cada um faz o que bem entender...

E os gols acontecem.

Contra!

“ TÁ ERRAAAAAADOOOOOOOOOOOOOOOO!”

O estivador e o pedreiro foram para a zaga.

Os office boys para as laterais

O pugilista foi para o ataque

E o meio campo?

Só sobraram dois sujeitos, Sócrates e Platão.

Falavam demais, coisas difíceis, diferentes, criavam!

Pensavam!

Será?

Deu certo!

Muito certo!

Deu liga, virou time!

O melhor time de todos!

Até que os meias se aposentaram.

E foram substituídos.

Por gente que , se lá, nem sei pra que tem cabeça.

Porque não foram pra zaga, pro ataque?

Até a grama do meio campo morreu

De saudade.

Uma pena...

terça-feira, 26 de fevereiro de 2013

O melhor do esporte


Semana passada tivemos a trágica notícia de que houve uma morte num estádio de futebol. Mais precisamente no primeiro jogo do Corinthians na libertadores de 2013, fora de casa, contra o San José, clube boliviano da cidade de Oruro.  Um menino de 14 anos, de nome Kevin, foi atingido por um sinalizador marítimo, que atinge 100 metros em cerca de três segundos (!!!), acertando-lhe a cabeça. Tiro, infelizmente, fatal.
É difícil prever ou acreditar em alguma versão das que estão sendo ventiladas, muito por conta dos fatos ainda não apurados. Confesso que é mais difícil ainda confiar na conveniente versão oficial, de que um menor não tenha sido hábil o suficiente com o artefato, a ponto de atirá-lo contra a torcida boliviana. Fato é que o sujeito era brasileiro, parte integrante da torcida organizada do Corinthians presente no estádio. Vejam vocês, torcidas organizadas...
Eu me pergunto até quando os clubes darão voz e vez a esse tipo de gente. Que RECEBE DINHEIRO para (teoricamente) torcer, incentivar, cantar, impor respeito aos adversários, e confunde tudo isso com combater um inimigo, lutar numa guerra até, se preciso a morte.  Até quando teremos fiscalização branda na porta dos nossos estádios? Até quando a Copa Libertadores será o torneio dos gramados ruins, das altitudes desumanas para esporte de alto rendimento, dos ambientes propositalmente hostis aos visitantes? Tem gente que defende esse “tempero da libertadores”, é inacreditável!
A guerra econômica, dos egos, de poder, chega ao triste ponto de desvirtuar o melhor que o esporte pode passar, que são valores de disciplina, de dedicação, de organização. Porque quando uma criança se compromete com uma simples aula de judô, inicialmente como forma de lazer, e começa a cumprir horários de treinos, rotina de exercícios físicos, começa a aprender a competir, sempre querendo ganhar, claro, mas se acostumando com o natural sentimento da derrota, ela está fazendo esporte.  Da melhor e única maneira que ele deveria ser feito. Porque esporte é isso!

E é esse o sentido, essa essência do esporte que deve ser mantida, que deve ser lembrada.

Esses são sinônimos de esporte que eu vou acreditar e defender para sempre. 

segunda-feira, 21 de janeiro de 2013

O craque e o gênio


No inicio deste mês, a FIFA, em sua festa anual de gala, entregou vários prêmios, entre eles o de melhor jogador do mundo. E, mais uma vez, na verdade pela quarta vez seguida, quem venceu foi Lionel Messi. E, mais uma vez, quem ficou com a prata foi Cristiano Ronaldo.

A deliciosa dúvida, que já dura bem uns 5 anos, se reacende. Afinal, quem é melhor? Ronaldo ou Messi?

Sobre o luso, não há como negar que é um fenômeno. Foi o craque do Manchester de Ferguson em 2008, o que não é pouco. Uma peça muito importante no Real de Mourinho e em sua seleção nacional. O caminhão de gols que marca a favor dos merengues fala por si só. E são gols de todas as maneiras: de falta, de cabeça, perna esquerda, perna direita... Têm velocidade e técnica inacreditáveis, o homem é uma máquina! Além de tudo isso, e o que mais me chama a atenção, é sua personalidade. Simplesmente não aceita derrota, não aceita segundo lugar, não quer nem saber de não ser o melhor. 

Mas a disputa é com Messi. Com o genial Lionel Messi.

Dia desses estive pensando sobre o que pode caracterizar os gênios da bola. O que me chama a atenção para considerar alguém não apenas craque, mas genial.
O gênio, na verdade, não me parece pensar. O gênio nasce sabendo. O sujeito genial age por instinto. Precisa de muito pouco incentivo para se mostrar muito melhor do que a maioria de nós. Além disso, ele simplifica as coisas. Deixa uma fajuta impressão de como é fácil fazer o que ele faz.

Isso tudo eu enxergava no Ronaldo e no Zidane. É isso que eu enxergo em Lionel Messi. Sabe exatamente o que deve fazer em campo. Com a bola ou sem ela. E, vejam, não digo que ele não erra. Ninguém é perfeito. Mas eu não o vejo tomando a decisão errada quase nunca. Ele toca quando deve tocar, dribla quando vale a pena driblar, chuta quando o melhor é chutar. E, para pavor dos críticos de plantão, até na seleção Argentina ele está jogando bem!

Desnecessário dizer que os requisitos para gênio são pura e simplesmente opinião minha, fruto de observações feitas por este apaixonado por futebol.

Sobre meus personagens de hoje, agradeço a quem quer que me abençoe por me dar a oportunidade de ver o melhor dos dois.

E torço, de verdade, para que o debate não acabe nunca.

Independente do craque ou do gênio em questão.

sexta-feira, 4 de janeiro de 2013

Agradecimento

Por Erik Lorenço
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Por favor, leiam até o final! É um texto simples, bem rápido de ler e que não vão se arrepender de ler. Quem puder me ajudar a divulgar agradeço!

Gratidão,
s. f.
1. Reconhecimento (por bem que se nos fez).
2. O ser grato.

Pois bem, 2012 foi um ano extremamente turbulento/difícil/agitado/conturbado. Um ano de muitas mudanças e de uma perda gigantesca, apesar do tamanho. Após uma noite muito mal dormida acordo com a pior noticia, que já recebi até hj. A morte de uma pessoa MUITO amada, MUITO querida, MUITO muita coisa para mim. É algo imutável, inacreditável, inexplicável, imensurável, inaqualquermerda...

Foi, e é, mt difícil ainda. Tenho td muito vivo ainda em minha memória! Desde como começou aquele dia, mt diferente, até a frieza e racionalidade, que não sabia que me era tão peculiar em tais momentos.

Muitos imaginam o que senti, mas poucos, muito poucos, realmente sabem o que senti. Apesar de não parecer mt sou bem reservado/introspectivo com relação a alguns assuntos. 

Naturalmente já observo muita coisa, neste momento então. Pude perceber a solidariedade/compaixão do ser humano, mesmo com algumas ou muitas diferenças são solidários a um momento como esse. Talvez porque se coloquem no lugar da pessoa. Não sei! 

UM MULTIRÃO!!! Apenas para dar um abraço, dizer um: “tamo junto” ou apenas um olhar onde eram ditas muitas coisas.

Caminhou-se um pouco mais e o ano se findando e quase mais um baque. Muita luta, muita união mas este conseguiu ser solucionado. Mas um susto!!!

A todas essas pessoas próximas, não tão próximas, muito próximas e irmãos que gostaria de agradecer. Este texto foi feito para todos vocês que de uma forma ou de outra estiveram “presentes” em todos estes momentos de qualquer forma (sms, facebook, ao vivo etc). Que serviram de apoio, me seguraram, me jogaram pra cima, me ouviram, choraram comigo ou por mim, que se preocuparam de uma forma geral.

Talvez, é talvez, eu não saiba expressar esse sentimento que tenho, por isso o motivo do texto. Gostaria que chegasse ao maior numero de pessoas possíveis pois é algo bem singelo, mas de coração e que pra mim tem muita valia. 

Alguns conseguem enxergar o meu carinho/ gratidão no meu sorriso característico (=D), no meu abraço aconchegante e no meu olhar de admiração. Outros não.
E pela sinceridade que tenho digo: “MUITO OBRIGADO por estarem do meu lado neste momento tão difícil!”

É algo simples, bem simples msm o que estou fazendo, mas que sei que entenderam o quanto significaram pra mim nisto td!

"..Eu sei que lá no céu ela tem vaidade
e orgulho..."