sexta-feira, 27 de abril de 2018

Gracias


Me senti órfão duas vezes no futebol.

A primeira foi quando o Ronaldo se aposentou.

Eu realmente não conseguia acreditar que nunca mais eu veria o Ronaldo jogar futebol. Ele se machucava tanto, mas voltava tanto...

Estou com um sentimento muito parecido com a saída do Iniesta do Barça.

Eu não sou super fã do Iniesta. Gosto dele como qualquer um que gosta de futebol.

O ponto é que a saída dele do Barça me joga na cara que aquele time histórico dele, do Xavi e do Messi acabou. Por mais que eu (e muita gente boa, rs) ainda queira acreditar que não.

Um time que começou a jogar junto na base, movido por uma ideia que foi cultivada por 40 anos (!!), teve a felicidade de reunir um grupo de jogadores e um treinador que entendiam uma cultura, e que gostavam dela. 

E que não sabiam e não queriam jogar de outra forma. 

E as coisas foram acontecendo de forma a coroar a melhor geração de um clube de futebol que acabou sendo multicampeã, base de uma seleção campeã mundial como todo time histórico que se preze foi.

É surreal ver vídeos com o Piqué adolescente, junto do Fábregas e do Iniesta, na época que o Cruyff era treinador do Guardiola no time principal. 

E perceber que esses caras conseguiram reunir essa energia toda, ganhar tudo e encantar tanto!

Nossa!

E se o Messi fosse espanhol, hein? Puxa...

Sou muito grato de enxergar futebol como uma obra de arte, de ver beleza em cada movimento bem executado, e de me emocionar com o jogo e com histórias como essa, do Iniesta.

Fico muito feliz de perceber que a cada dia que passa, a cada lembrança, a cada aposentadoria, aquele turbilhão de emoções que foi o Barça do Xavi, do Messi e do Iniesta fica maior, fica cada vez mais gigantesco!

Parabéns, Don Andrés.

Saudades.

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